Em meio às dissidências internas expostas no Congresso Nacional, lideranças do PSB fizeram questão de entoar um discurso de unidade durante a abertura do Congresso de 70 anos do PSB, na tarde desta quinta-feira (10), em Brasília. Cortejada por diversas siglas para as eleições de 2018, o encontro contou representantes do PCdoB, PDT, PPS e Rede, inclusive, com a presidenciável Marina Silva (Rede). O presidente do PSB Nacional, Carlos Siqueira, afirmou que o partido está unido em torno dos seus ideais e que chegará com consenso na eleição do novo diretório da legenda, em novembro.
“Dizem que esse partido está dividido e é uma mentira. O partido está unido. Decidiu pelo Fora Temer, assinar o impeachment e pelas Diretas Já. O partido não está dividido”, garantiu. No entanto, o dirigente não deixou de alfinetar os dissidentes da sigla, que votaram contra a posição oficial do partido no Congresso Nacional. “O partido não está em crise, tem pessoas em crise. Não estamos errando, tem pessoas que estão errando”, alfinetou.
Sobre a possibilidade de uma debandada de parlamentares do PSB, o dirigente garante que o partido sempre saiu fortalecido em momentos de crise. Ele lembrou da saída de lideranças durante o Governo Jânio Quadros em 1950, na saída do ex-prefeito Anthony Garotinho e do presidenciável Ciro Gomes em 2013. “Sempre que houve essas saídas, recuperamos tudo. Não há uma divisão no PSB, mas uma dissidência de quem não concorda com as ideias do partido. Podemos perder tudo, menos a ideologia do partido”, afirmou.
Escalado para falar pelos governadores, o chefe do Executivo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, relembrou a trajetória de Miguel Arraes e Eduardo Campos. Ele lamentou os tempos de dificuldade e crise nacional, mas reforçou que o partido sairá mais forte diante das adversidades.