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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

AGRESSÃO EXTREMA

A agressão é uma prática indefensável e por isto impossível convivermos pacificamente com ela. Registros históricos marcam situações que os agredidos não detinham quaisquer elementos de defesa.

No livro bíblico, em Mateus 02,16-18, está descrita a matança das crianças por ordem de Herodes, após não receber as informações que esperava dos reis orientais.

Na idade média as agressões às crianças são facilmente identificadas em relatos sobre o trabalho infantil que chegou ao pico na época da Revolução Industrial.

A foto da menina Kim Phuc com o corpo todo queimado em função de ataques durante a Guerra do Vietnã, causou indignação a todos que tiveram acesso a imagem publicada em julho de 1972.

Em agosto de 2016 a guerra civil da Síria apresentou ao mundo a fotografia do pequeno Omran Daqneesh, após bombardeio na cidade de Aleppo. Com advento da internet referida imagem chocou o mundo.

Na guerra civil urbana enfrentada diariamente pelos moradores das grandes cidades do Brasil, o tiro que atingiu Arthur na barriga da mãe, por força de tiroteio na favela do Lixão, em Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro, supera toda e qualquer crueldade.

Procurar os motivos que expõem crianças a eventos da natureza dos citados acima é perda de tempo, cada um com o sentimento interior encontrará uma resposta diferente.

Dificilmente chegaremos a um ponto que nos encaminhe para que fatos da espécie sejam evitados. Os casos de ontem somam-se aos de hoje e aos que virão amanhã e, nessa pisada, continuaremos teimando em buscar uma resposta que atenda as expectativas das vítimas e seus familiares.

Teremos condições de reverter este quadro ou vamos continuar assistindo as agressões? O dano é das crianças, o pecado da raça humana.

Por: Ademar Rafael


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