Juntamente com as dificuldades nas áreas econômica e política, o desafio de gerir as fontes de energia também integra as pautas municipalistas, sendo vetores para o desenvolvimento das cidades, sobretudo levando em conta o desenvolvimento para o futuro. Nesse sentido, a Amupe promoveu a palestra Política Energética, Recursos Hídricos e Sustentabilidade, evento ocorrido no último dia do 4º Congresso Pernambucano de Municípios.
Os convidados para explanar suas contribuições ao tema foram Luís Jorge Lira Tavares, superintendente de relacionamento com clientes da CELPE, Roberto Tavares, presidente da COMPESA, Fábio Lopes Alves, secretário de energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, além de Luiz Cardoso Ayres, secretário executivo de energia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC).
O mediador das discussões, José Patriota, presidente da Amupe, abriu a palestra afirmando que água e energia são pautas estratégicas para qualquer discussão sobre sustentabilidade, conceito fundamental incorporado às discussões nesta edição do congresso.
Roberto Tavares revelou as dificuldades que a Compesa vem tendo para dar conta do abastecimento de água no estado, considerando que cerca de 90% de Pernambuco se encontra na região do semiárido. Nesse sentido, a companhia está lutando para logo em breve levar água proveniente da transposição do rio São Francisco para o interior do estado, através da Adutora do Agreste. Ainda fez questão de falar sobre o reposicionamento de marca da COMPESA, agora agregando o verde da sustentabilidade em sua imagem. Segundo Tavares, esta transformação conceitual e operacional pode contribuir com o desafio de mudar a imagem de desleixo que a sociedade tem sobre os assuntos relacionados ao saneamento.
Já Luís Jorge Lira Neto aproveitou a ocasião para divulgar a Chamada Pública da companhia para selecionar projetos dentro do Programa de Eficiência Energética, da própria empresa. A previsão é que o edital seja lançado em setembro deste ano. Luiz Cardoso Ayres reforçou o discurso sobre o desafio que as transformações energéticas impõem às gestões municipais e afirmou que o governo do estado se coloca em apoio a instalação de parques híbridos de energia.
Fábio Lopes Alves falou sobre as transformações de matrizes energéticas que o mundo vem enfrentando e que acompanha o fenômeno da revolução industrial, em sua quarta fase, já baseada nas novas tecnologias e na digitalização. De acordo com o secretário, até 2027 35% dos veículos no planeta serão elétricos. A sociedade está aprendendo a criar modelos de geração e armazenamento distribuídos de energia, além de gradativamente incorporar o uso das energias renováveis no cotidiano