O barulho da carroça
Iniciamos a primeira crônica do mês parabenizando à nossa querida Afogados da Ingazeira pela passagem dos seus 106 anos de emancipação política. O centro Desportivo Lúcio Almeida foi o palco das festividades que marcaram a semana com a realização da 11ª EXPOAGRO, que iniciou no dia 27/06 e se estendeu até ontem, trazendo atrações artísticas de peso como Alceu Valença, Flávio José, Victor e Léo e tantos outros que fizeram a alegria dos presentes.
A ANABB- Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, bimestralmente, publica o Jornal Ação e, curiosamente, uma dessas publicações trouxe uma historinha que me chamou à atenção pela simplicidade e grandeza na lição que ela transmite. Referida história é contada por Reinaldo Fujimoto – vice-presidente administrativo financeiro da Associação. Vejamos:
“Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio me perguntou:
– Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos por alguns segundos e respondi:
– estou ouvindo um barulho de carroça.
-Isso mesmo – disse meu pai – é uma carroça vazia.
Perguntei pra ele:
– Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
– Ora – respondeu meu pai –, é muito fácil saber que uma carroça está vazia por causa do
barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que faz.
Tornei-me adulto e, até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando para intimidar, tratando o próximo com grossura inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz de meu pai dizendo: “quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz”.
É muito comum encontramos em nosso cotidiano pessoas com as características acima,principalmente nas relações de trabalho. Semana passada, ao ver uma entrevista do Jô Soares com a nossa presidente Dilma Rousseff, a primeira coisa que me veio à mente foi essa breve e sábia história. E por uma razão muito simples: por mais que se diga humilde e queira parecer uma pessoa de diálogo, a presidente é altamente agressiva, prepotente e não consegue esconder o seu mau humor e muito menos a sua arrogância diante de situações adversas.
O resultado de tudo isso é que o seu índice de popularidade está cada vez mais baixo e ela tem se dado muito mal com as grandes questões nacionais, por não querer descer do pedestal e reconhecer que o governo não anda bem, a economia está de mal a pior, a inflação bate a nossa porta e que ela sozinha não irá a lugar nenhum. Tem que fazer um governo participativo.
Por: Danizete Siqueira de Lima