Uma especulação que corria a boca miúda, em Brasília, deixou os bastidores pelos lábios do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), na sua segunda vinda a Pernambuco em 11 dias: de que ele e o seu correligionário, o ministro Mendonça Filho, discutem com o senador Fernando Bezerra Coelho e 15 insatisfeitos do PSB na Câmara criar uma nova sigla. Isso daria sentido a conversas do senador e seu filho, o ministro Fernando Filho, Maia e Mendonça. Todos negam uma migração de insatisfeitos do PSB para o DEM. Mas o racha socialista passa pelo fundo eleitoral que deve vir na reforma política. Uma nova sigla traria recursos e tempo de TV.
Na última sexta (30) Maia pareceu explícito, a depender de quem interpreta: “A questão prática é que temos trabalhado juntos no Congresso. Como temos convergência nos temas que estão em pauta, nosso diagnóstico da crise do Brasil é parecido e a solução é parecida, a gente tem trabalhado em conjunto. É um conjunto de uns 30 deputados do DEM e 15 do PSB. Não necessariamente eles vêm para o DEM. Mas o que se quer construir é um novo projeto”.
Na verdade, são 31 deputados do DEM e 15 do PSB: 46 ao todo. Seria a terceira bancada da Câmara, ao lado do PSDB, com recurso no caixa e tempo de TV em 2018. Se fala muito nisso em Brasília.