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FRENTE PARLAMENTAR SUPRAPARTIDÁRIA POR ELEIÇÕES DIRETAS VAI PRESSIONAR TEMER, DIZ HUMBERTO

Defensor da realização imediata de eleições diretas à Presidência da República, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), participou, nesta quarta-feira (7), do lançamento da frente parlamentar suprapartidária que defende o pleito. Um dos objetivos é somar-se ao protagonismo de artistas, intelectuais e sociedade civil organizada pelas Diretas Já.

Formada por cinco partidos, incluindo PSOL, PSB, PT, PDT e PCdoB, o grupo contou com o apoio da Conferência Nacional Dos Bispos do Brasil (CNBB), da Central Única das Trabalhadores (CUT) e, também, de parlamentares de partidos da base do governo do presidente não eleito Michel Temer (PMDB).

Humberto afirmou que o grupo pretende unir ainda mais congressistas de todos os campos políticos com o objetivo de aumentar a pressão sobre o governo, desgastado e acuado. Além disso, a ideia é pressionar o Congresso Nacional para aprovar as propostas que visam alterar a Constituição a fim de garantir que eleições diretas sejam convocadas em caso de vacância do cargo de presidente da República até seis meses antes do fim do mandato.

“É absolutamente incrível a alienação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal diante da quadra de extrema gravidade pela qual passa o Brasil atualmente. Temos duas PECs, uma em cada Casa, que tratam de garantir o direito de voto aos nossos cidadãos e, assim, restabelecer a democracia e um governo legítimo”, disse.

Para Humberto, o governo, encurralado por crimes e denúncias graves de corrupção, opera para empurrar goela abaixo na população as “nefastas” reformas que enviou ao Congresso Nacional e quer ver aprovadas a todo custo, ignorando a oposição dos brasileiros a elas e a gigantesca reprovação que enfrenta.

“A pauta do Brasil agora é outra. Estamos vivendo um momento em que este país volta às ruas pelo mesmo motivo de 33 anos atrás, quando o povo se levantou em favor do voto livre, por eleições diretas para presidente da República, para dizer que não aceitava mais um governo que não o representava em rigorosamente nada, que repudiava vigorosamente a diminuição da democracia”, declarou.

O senador lembrou que, naquele período, todos eram contrários a um governo de generais, que vivia sua fadiga “depois de uma noite que durou duas décadas sobre o Brasil”. Hoje, ele acredita que o levante é contra um governo de facínoras, que assumiu à revelia do povo e hoje vive o seu ocaso, rejeitado por mais de 97% dos brasileiros.

“Mas é um governo que, cambaleante, caminha ainda que trôpego, levando o país junto com ele para um abismo. E o faz com a inestimável ajuda de aliados, como o PSDB, o DEM e o PPS”, criticou.


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