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CRÔNICA DE ADEMAR RAFAEL

CULTURA TEM FRONTEIRAS?

Nesta polêmica sobre a invasão de “seres estranhos” nas festas juninas do nordeste, especialmente Campina Grande-PB, tenho uma visão intermediária, ou seja, não fico com o oito e muito menos com o oitenta.

Acredito que nas grandes áreas de shows pode sim ter a presença de cantores e de bandas de fora, desde que não extrapolem o bom censo, deve ter o espaço divido com artistas regionais. Nossa música nordestina atravessa uma grande fase, temos nomes de talento para representar nosso universo musical aqui e pelo mundo. Não temos porque ter medo.

As quatro estrofes a seguir representam minha percepção sobre a universalidade do que produzimos. A crítica feita sobre o “sertanejo” e a “sofrência” no forró não tem a mesma intensidade quando artistas de fora do Brasil apresentam-se em nosso país.

Pro teatro em Mossoró/Levo a dança da catira/Para Praça de Tabira/Levo um show de carimbó/Chitãozinho e Xororó/Na festa de Parintins/Pra Palmas em Tocantins/Levo a dança do xaxado/E o Quinteto Violado/Pra Marília, Assis e Lins.

Levo a Festa do Divino/Pra feira em Caruaru/O frevo e o maracatu/Eu levo pra Ouro Fino/Valdir Teles e Laurentino/Levarei pra Castanhal/Levarei para Natal/O Gaúcho da Fronteira/E a moda pantaneira/Exporto para Sobral.

Levarei o Boi Bumbá/Pra Vitória da Conquista/Levo o nosso cordelista/Pra festa de Cuiabá/Levo para Maringá/Xote, forró e baião/Vou levar o vanerão/Pro São João de Jequié/E a dança do Sairé/ Levo pra Jaboatão.

Caprichoso em Juazeiro/Garantido em Petrolina/E o São João da Campina/Levo pro Rio de Janeiro/O nosso Dedé Monteiro/ Fará show em Macapá/Vou fazer em Marabá/Uma grande cavalhada/E farei uma vaquejada/No centro de Corumbá.

Viva a cultura brasileira, desde que nos represente e tenha sentido.

Por: Ademar Rafael


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