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OPINIÃO DO PERNINHA

Desafios para a reforma da previdência

Quando se fala em reforma da previdência o grande alvo do governo éum batalhão de 23 milhões de aposentados do INSS que ganham apenas um salário mínimo. E quanto aos demais aposentados como resolver essa equação?

Vejamos algumas curiosidades:

Consta do Orçamento Geral da União: Em 2017 o governo federal gastará com seus servidores aposentados e pensionistas R$ 108,6 bilhões e receberá dos servidores na ativa R$ 33,1 bilhões e essa discrepância significa que o déficit, no ano, será de R$ 75,5 bilhões. Em 2020 essa conta no vermelho será de R$ 94,8 bilhões e é crescente.

Isso quer dizer que qualquer que seja o modelo, formato ou sistema de reforma na Previdência do Brasil ele teria que começar com uma conversa sobre como devemos tratar os servidores, aposentados e pensionistas do setor público federal.

O patrão governo federal emite 1.223.414 contracheques, dos quais estão 386.414 aposentados e mais 290.008 pensionistas. Esse número exclui os do Ministério Público, Poder Executivo e Judiciário. Não vamos pensar que eles ganham muito dinheiro: Na verdade, a média é de R$ 7.138,82 por servidor seja pensionista ou aposentado. Nem de longe dá para comparar com o salário mínimo que se paga aos 23 milhões de aposentados, diremos, menos favorecidos.

No Legislativo e no Judiciário, os números crescem um pouco quando o assunto é salário. Se não vejamos: No poder Legislativo onde os salários são mais gritantes, os 7.477 aposentados recebem, em média, R$ 25.119,13; já os 2.940 pensionistas recebem R$ 17.306,26. No poder Judiciário temos 13.676 aposentados que recebem salários médios de R$ 16.322,22 e 4.499
pensionistas que recebem, em média, R$ 12.737,12, da União.

Diante dos números acima a leitura que fazemos é a seguinte: Seja qual for o encaminhamento do debate, a questão central é como a União vai encarar o problema dos servidores públicos federais, ou melhor, esse déficit que se arrasta há anos e anos impactando o orçamento geral e comprometendo o sistema previdenciário como um todo.

Danizete Siqueira de Lima – Afogados da Ingazeira – maio de 2017.


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