O Tribunal de Contas de Pernambuco vai instaurar uma auditoria especial para acompanhar e monitorar todos os atos de gestão praticados pelo vereador Gilvandro Estrela de Oliveira, gestor interino do município de Belo Jardim, que assumiu o cargo após afastamento do prefeito João Mendonça, cassado por determinação do Tribunal Superior Eleitoral.
A auditoria especial foi autorizada pelo conselheiro Valdecir Pascoal, relator das contas do município em 2017, atendendo a uma solicitação do Ministério Público de Contas, por meio do procurador geral, Cristiano Pimentel, dada à circunstância especial.
O monitoramento da gestão será feito pelo Departamento de Controle Municipal do TCE, juntamente com a Inspetoria Regional de Bezerros. As equipes vão observar, entre outros pontos, a realização de novas despesas, abertura de licitações, dispensas, inexigibilidades, aditivos e rescisões contratuais, admissão e demissão de pessoal. Caso sejam detectados indícios de irregularidades, segundo o conselheiro, o Tribunal de Contas tomará todas as medidas cabíveis para evitar a consumação de ilicitudes e prejuízos aos cofres públicos.
A posse do vereador e presidente da Câmara Municipal, Gilvandro Estrela, como prefeito interino de Belo Jardim, aconteceu no último dia 22 de maio. Ele permanece no cargo até o dia 02 de julho, data em que será realizada nova eleição no município, por determinação do Tribunal Regional Eleitoral.
A candidatura do prefeito João Mendonça foi impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral, após ele ter as contas rejeitadas no TCE. Mesmo sem registro, Mendonça concorreu às eleições de 2016 e acabou empossado no cargo por uma liminar provisória. No dia 11 de maio, em julgamento definitivo, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu afastar o prefeito e determinar a realização de eleições suplementares no município.