A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) votou, nesta terça-feira (25), pela revogação da liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello ao goleiro Bruno Fernandes. Com isso, o retorno do atleta à prisão fica determinado. O goleiro foi condenado a 22 anos e 3 meses como mandante do assassinato da modelo Eliza Samudio. Ele saiu da cadeia no final de fevereiro, após cumprir seis anos e sete meses da pena. A expectativa é que um novo mandado de prisão contra o jogador seja expedido nos próximos dias.
O habeas corpus que determinou a liberação de Bruno foi derrubado após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviar parecer ao Supremo, pedindo que o goleiro seja mantido preso até o Tribunal de Justiça de Minas Gerais julgar seu recurso, que tramita há quatro anos.
De acordo com Janot, a demora para que o caso Eliza Samudio tenha uma sentença definitiva está sendo provocada pela estratégia da defesa do jogador, que vem realizando a interposição de vários recursos.
O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, diz que ele vai ser apresentar à Justiça. “Não há motivos para prender o Bruno novamente. Ele está trabalhando de forma honesta, jogando sem problemas e não faz mal a ninguém. Quando ele estava preso, levaram quatro anos sem analisar o recurso, mas, depois que foi solto, resolveram acelerar as coisas”, afirmou em entrevista ao El País.
Bruno foi contratado pelo time mineiro Boa Esporte-MG no começo de março. O jogador chegou a estrear com a camisa da equipe no último dia 8. Na ocasião, o time de Varginha enfrentou o Uberaba, em jogo válido pelo Módulo II do Campeonato Mineiro (Segunda Divisão).