O último recado enviado pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi tão colérico que fez até seus aliados mais fiéis se afastarem. A um parlamentar, ele avisou que chegou ao limite e ameaçou fazer delação premiada. Disse que tem material para “explodir” o mundo empresarial, a começar por gigantes do setor de carne, já abalados pela Operação Carne Fraca, deflagrada pela PF no último mês. Seus advogados, porém, continuam negando que ele tenha disposição em fazê-lo. As informações são de na coluna Painel, da Folha de S.Paulo deste domngo.
Segundo a colunista, quem acompanha de perto os desdobramentos da Lava Jato acredita que Cunha seguirá o exemplo de Duda Mendonça e tentará fechar acordo de colaboração com a PF, e não com os procuradores. Dizem ainda que ele e o corretor Lúcio Funaro, também preso, jogam juntos.
A propósito, já fortemente implicado na delação da Odebrecht, o ex-ministro Antonio Palocci também é apontado como alvo dos relatos do publicitário João Santana, especialmente sobre os anos de 2010 e 2014, quando operou toda a arrecadação petista.
Enquanto isso, diz a colunista, a repercussão dos últimos dois vídeos com críticas ao governo Michel Temer, fez da produção de filmes a menina dos olhos do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que agora quer publicar peças semanais nas redes sociais.
“Para que as críticas sejam replicadas com rapidez, auxiliares de Renan criaram diversas listas de destinatários, que recebem os filmes pelo WhatsApp. Eles foram divididos em grupos: prefeitos, deputados, senadores…”