No primeiro mandato, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, viu seu gabinete se transformar num muro de lamentações porque optou por um secretário de Governo que nada articula e sequer atende telefone de políticos, principalmente vereadores da base. Mesmo assim, resolveu incorrer no mesmo erro mantendo Sileno Guedes na função.
De fino no trato, ele não tem nada. Que o digam os aliados que deram o sangue na primeira campanha de Geraldo e na passada, tratados com desdém e que não alimentam nenhuma expectativa de que sua postura arrogante mude da noite para o dia.
Mas como ele é candidato a deputado estadual deve se amoldar ao script dos políticos que se apresentam como cordeirinhos em campanha, para conseguir o objetivo, mas quando chegam ao poder voltam a ser a mesma jararaca própria da sua personalidade.
Ninguém consegue entender como o prefeito entrega uma coordenação política a quem é detestado no partido, na Câmara e na própria administração. É a interlocução do nada pelo nada. Na campanha, Geraldo só conseguiu gerir a sua base porque tirou Sileno da relação com os candidatos proporcionais, entregando a coordenação politica a um aliado que cumpriu bem o papel.
Cria de Eduardo Campos, Sileno é especialista em embromação e fomentar intrigas no Governo quando interesses particulares são contrariados. Até às paredes do Palácio do Capibaribe sabem disso. Com o poder que ninguém é capaz de traduzir em bom português de onde vem, o secretário vai continuar no cargo fazendo o que é especialista: intrigas.