A Força Aérea Brasileira (FAB) extraiu todo o conteúdo do gravador de voz da aeronave que caiu na semana passada, no litoral do Rio de Janeiro, e provocou as mortes do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), e outras quatro pessoas.
A partir de agora, a gravação, que registra os últimos 30 minutos do voo e está totalmente preservada, passará por tratamento para retirada dos ruídos. Após essa etapa, será analisada por peritos.
O avião caiu na última quinta (20) em Paraty (RJ). As cinco pessoas a bordo morreram no acidente.
A caixa-preta da aeronave, que grava as conversas da cabine, foi localizada na sexta (21) pela Aeronáutica.
Chamado de Cockpit Voice Recorder (CVR), o gravador de voz pode ser fundamental para esclarecer o que provocou a queda do avião.
O equipamento registra os diálogos do piloto na cabine do avião, seja com outros passageiros ou com o controle de tráfego aéreo. O equipamento é programado para gravar os últimos trinta minutos do voo.
Com as informações, os técnicos da Aeronáutica tentarão fazer uma reconstituição dos momentos finais do voo em que estava Teori e as outras vítimas, em busca de explicações sobre a causa do acidente.
Nesta segunda, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Aeronáutica, informou que a caixa-preta do avião tem danos, mas o equipamento é dividido em duas partes e a que contém o gravador de voz é “altamente protegida”
Conteúdo das perícias
Segundo o colunista do G1 Matheus Leitão, a Justiça Federal de Angra dos Reis (RJ) determinou à Aeronáutica que compartilhe as gravações e os dados sobre o acidente aéreo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal – os dois órgãos também instauraram inquéritos para investigar a queda do avião.
Mais cedo, nesta segunda, o juiz Raffaele Felice Pirro, da 1ª Vara Federal de Angra, decretou o sigilo dessas investigações.