O PSB de Pernambuco decidiu escalar o deputado federal Danilo Cabral (PSB) para responder críticas do senador Armando Monteiro (PTB) ao programa “Pacto pela vida”.
Segundo o petebista, o programa foi abandonado pelo governador Paulo Câmara e por isso mesmo os índices de violência em Pernambuco voltaram a crescer, tendo sido registrados em 2016 mais de 4 mil assassinatos.
Para Cabral, entretanto, o “Pacto pela vida” é a política pública na área de segurança “mais bem estruturada do país”. Isso pode ser avaliado, disse ele, pelas manifestações de entidades e especialistas que tratam sobre o tema, inclusive pelas premiações internacionais que recebeu, entre elas da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Não há, no Brasil, experiência que tenha apresentado nos últimos 10 anos resultados mais expressivos do que o Pacto pela Vida”, disse Cabral em resposta às críticas do senador.
A seu ver, o “Pacto” passou a não atingir as metas a que se propôs após a crise econômica que atingiu o Brasil.
“A crise tem efeito na segurança a partir do momento em que a situação de vulnerabilidade da população aumenta, com o crescimento do nível de desemprego, mas também em função da redução da capacidade de investimento do Estado”, disse o deputado, lembrando que só no Complexo de Suape, maior polo industrial pernambucano, mais de 50 mil trabalhadores perderam seus empregos.
“Armando conhece muito bem os efeitos da crise e do desemprego. Mas eu o desafio ele a mostrar um só emprego que ele tenha gerado em Pernambuco como ministro do governo Dilma”, acrescentou.
Sobre o fato de o senador ter dito que Pernambuco tem um “déficit” de liderança política, o representante do PSB contra-atacou:
“Quem tem déficit de liderança é Armando, pois só é senador da República porque ganhou o mandato de presente do ex-governador Eduardo Campos”