O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), vê como difícil a possibilidade do governo de Michel Temer (PMDB) conseguir durar até 2018. Para Humberto, o fato de Temer não ter a legitimidade das urnas somado à “incompetência” de sua equipe econômica, além dos seguidos escândalos da gestão peemedebista, ameaçam a sua permanência no cargo.
“O que a gente vê é um governo que está se equilibrando em um pé só. Temer entrou na presidência num golpe montado nos corredores do Congresso Nacional e montou um projeto conservador que penaliza a população mais carente, que quer tirar do trabalhador conquistas históricas. Um projeto que nunca seria aprovado se fossem consultadas as urnas. É um governo ilegítimo que, desde que se desenhou, estava fadado a fracassar”, afirmou Humberto durante o Encontro Regional do PT da Marta Norte, que ocorreu neste sábado (03) para preparar o partido para o Processo de Eleição Direta (PED).
Além de Humberto, participaram do encontro o presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro, o ex-prefeito do Recife, João Paulo, a deputada Tereza Leitão, a vereadora Marília Arraes, o presidente da CUT, Carlos Veras, além de lideranças políticas da região. Para Humberto, o PT precisa fazer uma avaliação e ampliar o diálogo com a sociedade.
“Precisamos fazer uma autocritica e apresentar um conjunto de propostas para evitar que novos erros sejam cometidos. Mas também precisamos reafirmar os nossos acertos e repensar a estratégia. É importante lembrar que nenhum partido na história política deste país sofreu perseguição tão grande. E acredito que, se a gente souber solucionar essa equação, teremos um caminho positivo pela frente. O nosso espaço não foi ocupado por ninguém. Pelo contrário, o que a gente vê é uma reação negativa a todos os partidos. Por outro lado, o PT continua para muitos sendo referência”, avaliou o senador
Após o encontro, o senador participou da plenária da Federação Nacional dos Enfermeiros, no Recife, onde falou sobre os riscos da PEC 55 e deu apoio ao PLS nº 349/2016, que trata da aposentadoria especial para a categoria. “O que está em risco com a PEC 55 é o futuro do Brasil. É a nossa saúde, a educação. Precisamos seguir mobilizados e denunciando o que está em jogo”, afirmou o senador.