Os 49 deputados estaduais compareceram, nessa segunda, à eleição da Mesa Diretora da Alepe para os próximos dois anos. O deputado Guilherme Uchoa, do PDT, foi reeleito presidente pelo sexto mandato consecutivo, com 42 votos. O parlamentar agradeceu a confiança dos colegas. “Não tenho nenhuma vaidade de ser por ser presidente, mas sim para concluir um projeto administrativo que eu venho ao longo do tempo promovendo e instalando aqui na Casa.”
Os componentes da Mesa são responsáveis por dirigir os trabalhos legislativos e administrativos da Assembleia. O colegiado é formado pelo presidente; dois vice-presidentes; primeiro, segundo, terceiro e quarto secretários, além de quatro suplentes. Apenas para os cargos de presidente e segundo vice-presidente houve disputa entre dois concorrentes. Para todas as outras cadeiras, somente um candidato se inscreveu. Edilson Silva, do PSOL, disputou a Presidência da Casa com Guilherme Uchoa e teve dois votos. Na tribuna, ele defendeu uma maior transparência das atividades do Poder Legislativo e criticou a ausência da TV Alepe. “E esse problema acarreta outras questões. Um deles, é o fato de a gente não conseguir fazer com que o Governo do Estado execute menos de 1% do orçamento, que são as emendas impositivas dos deputados dessa Casa, que é um debate que nós fazemos aqui, como que num debate entre surdos, porque isso não vai para a imprensa e não reverbera na sociedade.”
Dos onze cargos em disputa, quatro mantiveram os mesmos representantes da Mesa atual. Além de Guilherme Uchoa na Presidência, Diogo Moraes, do PSB, permanece na Primeira Secretaria; Vinícius Labanca, também do PSB, na Segunda Secretaria; e Eriberto Medeiros, do PTC, na Quarta Secretaria. O primeiro secretário, reeleito com 46 votos, informou as principais metas do setor administrativo da Alepe para o próximo biênio. “Nossas prioridades estão na TV Alepe, terminar o nosso Plenário, fazer o término também da área administrativa, e aí estar junto com o sindicato, os efetivos da casa. Continuar esse trabalho que a gente começou e o reconhecimento foi claro. Tenho certeza absoluta que nós iremos desempenhar da mesma forma esse segundo mandato.”
A disputa mais acirrada foi pela Segunda Vice-Presidência. Ao final do primeiro turno, Claudiano Martins Filho, do PP, teve 24 votos e Romário Dias, do PSD, 19. Como não houve maioria absoluta, foi realizado um segundo turno. Romário Dias pediu a palavra para argumentar que havia feito um acordo com os parlamentares de não concorrer à Presidência, e ocupar o cargo de segundo vice, respeitando a proporcionalidade entre os partidos que integram a Mesa Diretora. Ele fez um apelo para os colegas repensarem o voto. Romário Dias foi eleito segundo vice-presidente da Alepe, por 25 votos a 22.
Na Primeira Vice-Presidência, Augusto César, do PTB, deixa o cargo, e assume Pastor Cleiton Collins, do PP, que antes ocupava a Segunda Vice-Presidência. Romário Dias deixa a Terceira Secretaria para Júlio Cavalcanti, do PTB. Na primeira suplência, deixa o posto André Ferreira, do PSC, e entra Augusto César. No cargo de Segundo Suplente, sai Rogério Leão, do PR, e entra Socorro Pimentel, do PSL. Na terceira suplência, Beto Accioly, do PSL, deixa o cargo, e entra Henrique Queiroz, do PR. E na quarta suplência, sai Adalto Santos, do PSB, e entra André Ferreira. A Mesa Diretora eleita tem mandato de fevereiro de 2017 a janeiro de 2019.
