O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) lamentou o fato das obras da Transnordestina estarem paralisadas. As obras continuam devagar 10 anos depois do começo da sua construção, iniciada em junho de 2006, 159 anos depois de Dom Pedro II ter determinando, em 1847, que fosse realizado um estudo de uma ferrovia ligando o Sertão ao litoral do Nordeste. A obra foi iniciada no primeiro governo Luiz Inácio Lula da Silva e deveria estar pronta, pelo primeiro cronograma, em 2010.
“As obras da Ferrovia Transnordestina, projeto de minha autoria, estão paralisadas há uma década. Precisamos retomar essas obras o mais rápido possível, pois enquanto isso em Missão Velha (CE), os trilhos estão empilhados e enferrujando com a ação do tempo. Já em Sagueiro, onde seria instalada a maior fábrica de dormentes da América Latina, maquinas estão paradas”, alertou.
De acordo com o parlamentar, a Transnordestina é uma das obras mais importantes para o Nordeste, por ligar a nova fronteira da agropecuária aos maiores portos da região, além de atender as empresas de mineração que vê nesse empreendimento a chance de potencializar o transporte de cargas, escoando grãos e minérios até o mar a custos mais baixos.
“Esse é um projeto de grande dimensão. Essa obra paralisada deixa de gerar vários empregos, além de causar transtornos e uma certa frustração já que é um sonho da população”, disse Patriota.
O socialista fez um apelo ao presidente Michel Temer para que ele tenha uma atenção especial, não somente com a Transnordestina, como também com o projeto de interligação do Rio Tocantins com o Rio São Francisco: “Gostaria de fazer um apelo ao Presidente Michel Temer para uma atenção especial para a conclusão da Transnordestina e a interligação da Bacia do São Francisco. Essas obras que são frutos de projetos de nossa iniciativa são essenciais para a economia nordestina e brasileira”, argumentou.
Conforme o projeto, a Transnordestina terá capacidade para transportar 30 milhões de toneladas anuais, com destaque para granéis sólidos (minério e grãos). Ao promover a integração, essa ferrovia se consolida como um elo fundamental para dinamizar a economia do Nordeste, pois impulsiona a produção agrícola e mineral da região, aproxima o Nordeste dos principais mercados mundiais e torna o Brasil mais competitivo na exportação.