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DILMA ROUSSEFF ENTREGA DEFESA DO PROCESSO DE IMPEACHMENT AO SENADO

ENTREGOUFaltando três minutos para o encerramento do prazo, a defesa de Dilma Rousseff entregou ao Senado um texto de 670 páginas para rebater uma acusação que coube em apenas nove. O julgamento ficou marcado para começar no dia 25 de agosto.

No dia em que completou três meses longe do cargo, Dilma foi notificada a comparecer ao próprio julgamento. A presidente afastada assinou o documento, mas ainda não decidiu se vai ao senado para se defender.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, que nessa fase processo preside as sessões do Senado, marcou o início do julgamento para 25 de agosto, uma quinta-feira. A previsão é de que dure pelo menos três dias. Ricardo Lewandowski já avisou que não vai ter sessão no fim de semana. Mesmo assim, a expectativa é de que a decisão saia ainda em agosto.

A defesa de Dilma apresentou, por escrito, os argumentos contrários ao impeachment. O advogado da presidente afastada fez críticas ao relatório aprovado pelos senadores.

“Começamos pelos decretos, mostrando a inocência que efetivamente se coloca em relação a uma acusação que é pretexto, um mero pretexto, mostramos que havia consolidado uma jurisprudência anterior, um entendimento anterior, que aquilo podia ser feito. Analisamos também o caso do atrasos no pagamento do plano safra com todas as características, que mostram que não é uma operação de credito e que mesmo que fosse também o Tribunal de Contas também decidiu a posteriores do que aconteceu, demonstramos, inclusive nos dois casos as falhas gritantes do relatório do Anastasia”, explica José Eduardo Cardozo, advogado da presidente afastada Dilma Rousseff.

O senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB, defendeu o parecer do relator, Antonio Anastasia. “O relatório tecnicamente perfeito, politicamente correto, robusto, irrefutável, irrespondível, que levará a presidente Dilma à sua condenação definitiva”, afirma o senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB.
Para que Dilma Rousseff seja definitivamente afastada são necessários 54 votos, dois terços dos senadores. Se isso acontecer, ela também perde os direitos políticos por oito anos. Se for absolvida, o processo é arquivado e ela retorna à presidência.


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