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ESPAÇO DA POESIA

DIOZezé Lulu neste chão,
Cresceu nos braços da fé,
No pé desta baraúna,
Tem tanto verso de Zé,
Que se for vender as mudas,
Vale um milhão cada pé.

Zé Viola.

Aqui quando a seca ataca,
É triste, Deus me perdoe,
Fazendeiro vende o boi,
Vende o touro, venda a vaca,
Cada cabeça de estaca,
Tem um urubu sentado,
O cemitério do gado,
Nem precisa de coveiro,
O SERTÃO SECO TEM CHEIRO,
DE MANDACARÚ ASSADO.

Bio Dionísio.


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