Após ver imagens das câmeras de segurança do motel em Olinda onde o foragido da Operação Turbulência, Paulo Cesar de Barros Morato, foi encontrado morto na noite de quarta-feira (22), o advogado do estabelecimento, Higínio Luís Marinsalta, afirmou que o empresário entrou sozinho no local e nenhuma outra pessoa chegou depois dele.
“O hotel estava bem munido de câmeras, e a gente está fornecendo as imagens para a polícia. Já vimos as imagens e ele (Morato) entra sozinho de carro e, daí pra frente, não mostram a entrada de pessoas estranhas, só os funcionários”, garante o advogado.
Morato teria chegado ao motel por volta das 12h de terça-feira (21), quando foi divulgado o balanço da Operação Turbulência pela Polícia Federal. Ele ficou dentro do quarto por cerca de 30 horas. “Ele não pediu absolutamente nada. Depois que a polícia entrou no quarto, a gente soube que o único consumo dele foi uma água”, conta Marinsalta.
A polícia foi acionada por funcionários do estabelecimento. “Como ele não tinha avisado se iria renovar a diária, os funcionários fizeram contato telefônico e, como não houve retorno, bateram na porta. Também não obtiveram resposta. Aguardaram mais um período e, à tarde, entraram no quarto, identificando que ele já estava em situação cadavérica”, afirmou o advogado.
O corpo não tinha sinais de violência. Ele foi encontrado em cima da cama, junto com os documentos, R$ 3 mil e um relógio avaliado em R$ 10 mil. O quarto onde a vítima estava hospedada foi fechado para análise de peritos na manhã desta quinta-feira (23). O estabelecimento funciona normalmente. O carro do empresário foi encaminhado para o Departamento do Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
O empresário Paulo Cesar de Barros Morato era considerado foragido pela PF desde terça (21), quando foi deflagrada a Operação Turbulência.
A Polícia Civil está investigando a morte. De acordo com a Polícia Federal, um agente vai acompanhar o caso e, apenas se for constatado que as circunstâncias da morte têm ligação com a Operação Turbulência, a PF pode entrar nas investigações. Procurada pelo G1, a advogada do empresário, Marcela Moreira Lopes, afirmou que ele já havia tentado suicídio anteriormente.