Quem salvará nossa Petrobrás (parte II)
Com o mesmo título acima escrevemos, em 20/04, aqui mesmo neste espaço, uma crônica mostrando como trabalha a nossa estatal em comparação com as concorrentes de outros países, no que diz respeito a política de pessoal e a falta de agressividade na perseguição de lucros. O somatório desses dois itens leva a nossa empresa a ser considerada o maior cabide de emprego do mundo.
Recapitulando a matéria, trazemos para a de hoje dois parágrafos que mostram quanto descaso e incompetência por parte dos seus diretores, sob o beneplácito dos nossos governantes que fazem as devidas nomeações. Se não, vejamos:
Desde o inicio do petrolão, a Petrobras demitiu mais de 30 mil pessoas, a maior parte terceirizadas. O novo programa de demissões voluntárias objetiva demitir outros 12 mil. Mesmo após os desligamentos, a estatal é a petrolífera que mais emprega no mundo, frente das gigantes Shell, Exxon Mobile e British Petroleum.
E muito atrás delas em desempenho e lucros. A Petrobras opera 7.000 postos de combustíveis no mundo e a Shell, 44.000. A Petrobras registrou em 2014, cerca de 3% do lucro da Shell. A Shell, a Exxon e a British Petroleum (BP), juntas, empregam cerca de 262 mil pessoas, quase 13 mil a menos que a petroleira brasileira. A Petrobras paga salários a 249 mil pessoas, das quais 84 mil são concursadas. Juntas, Exxon e Shell empregam 177,5 mil. Em 2014, a Petrobras lucrou US$ 1 bilhão; a Shell, US$ 14 bilhões; a Exxon, US$ 32,5 bilhões e a BP, US$ 12,1 bilhões.
Pois bem. Para a nossa surpresa lemos uma matéria no último dia 29/04 onde dizia: A Petrobras fixou a remuneração global dos 15 membros que compõem o Conselho de Administração e Fiscal da companhia em R$ 28,77 milhões para os próximos 12 meses, ou seja, cerca de R$ 160 mil mensais para cada um, com direito até a negociarem a compra de Pasadena (Aquele negócio da China que Dilma autorizou quando passou por lá).
Imaginem se nossa querida petroleira não estivesse quebrada.
Por: Danizete Siqueira de Lima
Afogados da Ingazeira – maio de 2016