Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Dilma Rousseff (PT), Armando Monteiro Neto (PTB) acerta em reunião nesta terça (3) com seu suplente no Senado, Douglas Cintra (PTB), a retomada do mandato parlamentar. Armando já comunicou previamente a Cintra que voltará a ser senador a tempo da votação da admissibilidade do impeachment (a que pode ou não levar ao afastamento de Dilma da Presidência por 180 dias). Falta bater o martelo apenas sobre o dia da volta – que ocorrerá até a próxima segunda, dia 9. A votação está prevista para ser no dia 11.
No segundo mandato da petista, Armando virou ministro na cota pessoal de Dilma e não pelo PTB – partido que voltou a ser presidido pelo delator do mensalão, Roberto Jefferson, e se colocou a favor do impeachment. Armando tem atuação elogiada na pasta por sua interlocução com o setor privado, inclusive articulando uma tentativa de aproximação de Dilma com o empresariado em 2015, na série de eventos chamada Dialoga Brasil.
Por outro lado, o papel de Armando no ministério, com uma extensa agenda internacional, o afastou muito da política pernambucana. Aliados frequentemente se queixam de esvaziamento do PTB, embora em parte tenha sido estratégia de seu grupo político ocupar outras legendas. Entre os exemplos estão o PTN estadual, hoje presidido pelo ex-PTB Ricado Teobaldo, deputado federal, e do PRB, atualmente com o deputado estadual Sílvio Costa Filho, líder da oposição na Assembleia Legislativa e pré-candidato à Prefeitura do Recife.