Mesa farta, a do governador Rodrigo Rollemberg-foto (PSB), do Distrito Federal, ontem à noite, no restaurante Piantas, em Brasília.
De lado esquerdo dele, o ex-senador Renato Casagrande, do Espíito Santo, aspirante a ministro em um eventual governo Temer. Casagrande é pelo impeachment.
Do outro, Cid Gomes, ex-governador do Ceará, irmão de Ciro, candidato do PDT a presidente da República em 2018. Cid é contra o impeachment.
Rollemberg está irritado com o ministro da Justiça, Eugênio Aragão. E tem motivos de sobra para isso.
Há mais de 15 dias que apresentou a Aragão seu plano para manter a ordem na Esplanada dos Ministérios durante a votação do impeachment.
Aragão aprovou o plano sem fazer nenhuma restrição, nem mesmo ao muro que dividirá a esplanada ao meio para evitar conflitos entre os manifestantes favoráveis ao impeachment e contrários.
E o que fez depois Aragão depois?
Sem avisar ao governador, mandou que uma tropa da Força Nacional desse segurança a militantes do Movimento dos Sem Terra que decidiram acampar em local proibido.
Rollemberg, então, mandou a Polícia Militar cuidar da situação. O comandante da PM, pessoalmente, foi ao local e dispensou a tropa da Força Nacional.
Ontem, Aragão deu uma entrevista criticando o plano do governo do Distrito Federal para impedir conflitos entre manifestantes no próximo domingo.
A PM terá 13 mil soldados na Esplanada dos Ministérios e mais 800 de sobreaviso. Se necessário, pedirá a ajuda da Força Nacional. Parte do Exército estará de prontidão.
Estima-se que de 200 a 300 mil pessoas comparecerão à Esplanada para gritar contra e a favor do impeachment.
Hoje, chegarão à cidade cerca de 500 ônibus fretados pela Confederação Nacional da Agricultura com algo como 15 mil pessoas, todas elas para apoiar o impeachment.
Rollemberg vai proibir o consumo de bebidas alcoólicas na Esplanada.