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MARCELO CASTRO PEDIRÁ DEMISSÃO DO CARGO DE MINISTRO, DIZ ASSESSORIA

castroDo G1, em Brasília, e do G1 DF

A assessoria do Ministério da Saúde informou que o ministro Marcelo Castro pedirá demissão do cargo nesta quarta-feira (27).

Eleito deputado federal pelo PMDB-PI em 2014, ele se licenciou do mandato e estava no comando da Saúde desde outubro do ano passado.

Em março deste ano, o PMDB decidiu romper com o governo da presidente Dilma Rousseff e entregar os cargos no Executivo, mas Castro permaneceu.

O ministro participou, na tarde desta quarta, de uma entrevista coletiva do ministério sobre vacinação contra a gripe. Ele não quis comentar a saída do governo.

Ainda segundo a assessoria da pasta, estava prevista para a próxima sexta (29) a participação de Castro na cerimônia de lançamento da nova etapa do programa Mais Médicos, que leva profissionais a periferias das grandes cidades e a municípios do interior do país.

Além de Marcelo Castro, outros cinco ministros peemedebistas também já pediram demissão de seus cargos: Celso Pansera (Ciência e Tecnologia), Mauro Lopes (Aviação Civil), Eduardo Braga (Minas e Energia), Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Helder Barbalho (Portos).

Com isso, o único ministro do PMDB que ainda permanece no governo é Kátia Abreu (Agricultura), que é amiga pessoal da presidente Dilma Rousseff e se licenciou do mandato de senadora para assumir a pasta em 1º de janeiro de 2015.

O líder do PMDB da Câmara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou ao G1 que recomendou a Marcelo Castro que deixasse o ministério, diante da posição de ampla maioria da bancada do partido em defesa ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a demissão deve ser publicada no “Diário Oficial da União” nesta quinta (28).

O próprio Picciani votou contra a continuidade do procedimento de afastamento de Dilma, mas orientou a bancada a votar a favor, na sessão da Câmara que decidiu, por 367 votos a favor e 137 contra, enviar o processo ao Senado.

“Ele [Marcelo Castro] pede demissão hoje e deve ser publicada amanhã. Eu tinha sugerido a ele que deixasse a pasta, já que a maioria da bancada se colocou favorável ao impeachment na votação que teve na Câmara”, afirmou.

Antes de abrir a sessão desta quarta do plenário, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também comentou a saída de Marcelo Castro do ministério. “Acho que ele não deveria nem ter retornado depois da votação [do impeachment na Câmara]”, afirmou.


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