O ex-senador Ney Maranhão, 88 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (11), no Hospital Jayme da Fonte, nas Graças, no Recife, por volta das 9h30 . A notícia foi confirmada por Eduardo Maranhão, neto do político. Ele estava com câncer. O corpo de Ney Maranhão será velado na Assembleia Legislativa de Pernambuco a partir das 16h desta segunda-feira. Ele será cremado no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, Região Metropolitana do Recife, na terça-feira (12). [Veja vídeo acima]
Ney Maranhão foi prefeito de Moreno (Região Metropolitana), deputado federal por quatro legislaturas e senador da República de 1988 a 1995. Também ocupou cargo de assessor especial do ex-presidente Fernando Collor de Melo e foi presidente da Câmara de Comércio Brasil/China Mercosul Pacífico.
Maranhão ficou famoso durante um período muito conturbado da recente história política do Brasil: o impeachment do ex-presidente Fernando Color de Mello. Com seu terno de linho e suas sandálias de couro inseparáveis, ele ficou conhecido por integrar a ‘tropa de choque colorida’. Foi um dos três senadores que votaram contra o impedimento do ex-chefe do Executivo nacional.
Era chamado de “senador boiadeiro’ e ganhou fama nacional pela defesa das relações entre o Brasil e a China. Frasista e contador de histórias, Maranhão adorava os causos do interior de “antigamente”. E do folclore envolvendo as velhas figuras do passado, como do pai, Constâncio Maranhão. Ney costumava dizer o que o pai não gostava de cachorros. Por isso, andava com uma onça. Colocava o bicho no banco do carro e saía.
Do pai, Ney também fazia questão de lembrar os conselhos. Dizia que Constâncio o ensinou a ter palavra, ser grato e não adular macho. Ressaltava, sempre com bom humor, os dois mais polêmicos. ‘Quando conselho não resolve, cacete funciona. Quando cacete não resolve, o 38 funciona.’