Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff exonerou nesta sexta-feira (22) os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, ambos do PMDB, que entregaram suas cartas de demissão na última quarta (20). Para o lugar deles, foram nomeados, respectivamente, os ministros Marco Antônio Martins de Almeida e Maurício Muniz Barreto de Carvalho.
No “Diário Oficial da União” desta sexta também foram publicadas as nomeações dos novos ministros das Cidades, Inês da Silva Magalhães, que assume no lugar de Gilberto Kassab (PSD), e do Turismo, Alessandro Teixeira, para a vaga de Henrique Eduardo Alves (PMDB).
Nos casos de Eduardo Braga, Helder Barbalho e Henrique Alves, os três decidiram entregar os cargos em razão de o PMDB ter aprovado, no mês passado, o rompimento com o governo da presidente Dilma Rousseff. Na semana passada, também deixaram o Executivo Mauro Lopes (Aviação Civil) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).
Até a decisão sobre o desembarque do governo, o PMDB comandava sete dos 32 ministérios e, atualmente, dois peemedebistas ainda permanecem à frente das pastas: Marcelo Castro (Saúde) e Kátia Abreu (Agricultura).
Já no caso de Gilberto Kassab, o ex-ministro das Cidades entregou sua carta de demissão após a bancada do PSD na Câmara decidir votar a favor do impeachment de Dilma.
Ministros interinos
Mesmo com a nomeação dos quatro novos ministros nesta sexta, outras cinco pastas ainda estão sob o comando de chefes interinos: Casa Civil, Esporte, Ciência e Tecnologia, Integração Nacional e Aviação Civil.
À frente da Casa Civil, está Eva Maria Chiavon, ex-secretária-executiva da pasta, que assumiu o cargo de forma interina após o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes suspender a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atendendo a um pedido do PSDB. Até que o plenário do STF decida sobre o caso, Lula não poderá exercer a função.
No comando da Ciência e Tecnologia, Integração Nacional e Aviação Civil estão, respectivamente, Emília Curi, Josélio de Andrade Moura e Guilherme Ramalho. Eles assumiram após as saídas de Celso Pansera, Gilberto Occhi e Mauro Lopes. Filiados a PMDB e PP, eles deixaram os cargos porque os partidos apoiam a saída de Dilma.
Ricardo Leyser, atual titular do Esporte, assumiu a pasta após o então ministro George Hilton pedir demissão do cargo. Hilton era filiado ao PRB e, após o partido apoiar o impeachment da presidente, migrou para o PROS, mas, mesmo assim, deixou a cadeira duas semanas depois.