Cerca de 60 deputados, opositores da presidente Dilma Rousseff e pertencentes a 14 diferentes partidos, abriram mão de falar na sessão que antecede a votação do impeachment neste domingo, informou neste sábado o líder do PTB, Jovair Arantes (GO). O objetivo, disse o deputado, é garantir o horário previsto para o início da sessão, às 14h, e da votação, a partir das 16h.
Até agora, já haviam se inscrito para falar, por até 3 minutos, 252 deputados, dos quais 173 favoráveis ao impeachment e 79 contrários. Os que desistiram dos discursos representam 23,8% deste total. Abriram mão de falar somente aqueles deputados contrários a Dilma que já se manifestaram nos debates iniciados nesta sexta no plenário.
Além desses, os líderes desses 14 partidos, que têm direito a até 10 minutos de fala, também deixarão de discursar. Assinaram o acordo deputados do PPS, PSDB, PSB, PSD, PTB, DEM, PSL, SDD, PRB, PROS, PSC, PHS, PV e PTN.
O temor dos partidos, segundo Arantes, é que a votação começasse só às 0h de segunda, se todos mantivessem seus discursos. Ele negou que os cortes possam prejudicar o convencimento de deputados indecisos.
“Ficamos três dias e duas noites debatendo sobre todos os temas. Os partidos pró-impeachment estão pensando na sociedade brasileira para o que resultado saia amanhã. Os partidos que são contra o impeachment, o PT e seus aliados, evidentemente não querem abrir mão de nada, não querem que vote o impeachment”, afirmou.(G1.COM)