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‘TENHO UMA SUPREMA CONFIANÇA NO SUPREMO’, DIZ NOVO MINISTRO DA JUSTIÇA

brazil_politics_eraldo_peres_apO novo ministro da Justiça, Wellington Lima e Silva, disse em entrevista à GloboNews que tem uma confiança “suprema” no Supremo Tribunal Federal (STF). O tribunal deve decidir na quarta-feira (9) sobre um pedido da oposição que sustou a nomeação de Lima e Silva para o ministério.

No fim da última semana, a juíza federal Solange Salgado, da Primeira Vara da Justiça Federal de Brasília, suspendeu por meio de liminar (decisão provisória), a nomeação do novo ministro. Ela atendeu pedido formulado pelo DEM, que argumentou que a Constituição Federal proíbe membros do Ministério Público (como é o caso de Lima e Silva) de exercerem outra função pública, salvo a de professor.

Para o novo ministro, a ação para suspender a posse tem a ver com o momento de “polarização” do país. Ele afirmou ainda que conversou com conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que, segundo o ministro, não apontaram impedimentos para ele exercer o cargo.

“Eu quero crer que talvez o momento de maior polarização tenha estimulado essa questão vir à tona. Inclusive, na semana passada o CNMP tinha deliberado. Consultei e conversei antes com diversos conselheiros e não houve nenhuma oscilação […] Então, esse ponto específico não estava no horizonte. Em matéria de direito você sempre pode agitar novos argumentos. Mas eu tenho uma suprema confiança no Supremo”, afirmou o novo ministro.

“Quarta feira é que decide tudo. É muito importante para o Ministério Público. O poder público deveria ser o maior interessado nisso porque esse diálogo entre o órgão de fiscalização e controle com órgão de administração enriquece os dois lados”, continuou Lima e Silva.

Questionado se deixaria a carreira no Ministério Público caso o STF barre a nomeação para o governo, Lima e Silva disse que ainda não tem uma resposta pronta.

“Acho que esta decisão só pode acontecer depois do pronunciamento do STF. Até porque eu ouviria outros colegas. Isso não é apenas uma questão da minha condição pessoal, tem algo da minha origem institucional. Eu teria que fazer um cálculo de natureza institucional, avaliação de natureza pessoal. Essa resposta eu não lhe dou porque eu não tenho. Não tenho essa resposta”, disse o novo ministro.


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