Um portão do Instituto Lula, na Zona Sul de São Paulo, apareceu pichado na manhã deste sábado (5) após o ex-presidente que dá nome ao local ter prestado depoimento na sexta-feira (4) na 24ª fase da Operação Lava Jato. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do instituto.
De acordo com a assessoria, a pichação deve ter ocorrido durante a madrugada deste sábado (5).
Câmeras de segurança do prédio deverão ser analisadas para tentar identificar os responsáveis. O G1 esteve nesta manhã no local. O portão estava levantado, mas mesmo assim era possível ver a pichação “sua hora chegou corrupto”. O petista é investigado pela Justiça Federal por suspeita de ter sido beneficiado pelo esquema de desvios de dinheiro na Petrobras.
Enquanto isso, militantes petistas e simpatizantes estão reunidos desde a manhã deste sábado na frente do prédio onde mora Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, no ABC. Eles estão em vigília para demonstrar apoio ao ex-presidente.
O ex-presidente foi o principal alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato. A Polícia Federal (PF) fez buscas e apreensões em endereços ligados a Lula. Os sigilos bancários e fiscal do petista, do Instituto Lula e de sua empresa de palestras foram quebrados por determinação judicial.
Na manhã de sexta, agentes levaram o petista de sua residência, em São Bernardo, na região metropolitana de São Paulo, em cumprimento a mandado de condução coercitiva. Lula foi levado para um salão de autoridades no aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital, para prestar depoimento obrigatório, onde, segundo seus interlocutores, negou qualquer favorecimento no esquema de corrupção da Petrobras.
Durante a ação dos agentes da PF, grupos apoiadores e críticos ao ex-presidente chegaram a entrar em confronto em frente à casa do ex-presidente e no saguão do aeroporto de Congonhas.
Após ser liberado na tarde de sexta, o ex-presidente fez pronunciamento na sede do PT, em São Paulo, onde disse ter se sentido “prisioneiro”, que “jamais” se recusaria a prestar qualquer depoimento, e falou ser vítima de perseguição. Mais tarde, se ofereceu para concorrer à Presidência em 2018. (Do G1, em São Paulo)