Após ser acusado pela ex-esposa de sequestrar o filho de 8 anos, o empresário argentino Carlos Attias decidiu quebrar o silêncio e falou pela primeira vez sobre o caso. Em e-mail enviado ao FolhaPE, ele se defendeu das acusações de sequestro, alegando que o menino implorou para não ser devolvido à mãe, de quem sofria agressões constantes. No texto, o ex-marido da fisioterapeuta pernambucana Claudia Boudoux, critica o poder judiciário. “Os verdadeiros destinatários são os homens do Poder Judiciário, que deveriam ser os encarregados de administrar a Justiça e zelar pelo interesse supremo das pessoas em risco, como meus filhos, mesmo sendo eles cidadãos argentinos.
Também foi gravado um vídeo com um depoimento da criança dizendo que pediu para o pai o proteger da mãe. “Eu não posso acreditar em tanta mentira. Você diz que meu pai me sequestrou, e é o contrário. Eu que pedi para papai me proteger de você, porque você me batia, me chantagiava. Eu pedi para muitas pessoas para que eu não morasse mais com você. Eu pedi para a psicóloga, para a assistente social, para as advogadas, para o juiz, para o desembargador, para muitas pessoas, dizendo que não quero ficar com você. Será possível que você não entenda isso?”, declarou o garoto de 8 anos.
O empresário endossou que os filhos realizaram a denúncia para psicólogas, advogadas, assistentes sociais do Tribunal de Justiça de Pernambuco e para a Delegacia da Criança e do Adolescente. Carlos viajou para a Argentina com os dois filhos do casal no dia 30 de dezembro para passar os festejos da virada do ano, e só devolveu a menina de 10 anos no dia 02 de janeiro. Foi aí que a mulher procurou a Justiça e solicitou um mandado de busca e apreensão para ter de volta a posse do filho. No entanto, o pai e a criança que ficaram, na Argentina, ainda não foram localizados pela Justiça brasileira.
Em entrevista à TV Globo, Cláudia disse que as afirmações do menino e do ex-marido são mentirosas, porque ela não teria coragem maltratar o filho mais novo. “Isso é mentira! Minha filha mesmo escreveu uma carta de punho e leu na igreja dizendo que eu era uma mãe maravilhosa. Como é que eu ia maltratar o meu bebê?”, disse.(Do Folha PE)
