Nunca antes na história desse país
Fazemos nosso o bordão acima, muito usado pelo ex-presidente Lula, quando nos referimos à estagnação em que se encontra a nossa combalida economia. Para se ter uma ideia de como andam os números, há exatos oito meses (março-2015) os números mostravam que o crescimento econômico durante o primeiro governo Dilma Rousseff (de 2011 a 2014) atingiu média de 2,1% anuais. É o pior desempenho desde a gestão de Fernando Collor de Mello (1990 a 1992). Na época, o PIB – Produto Interno Bruto recuou em média 1,3% ao ano. O levantamento, que compara o desempenho econômico obtido em cada gestão, foi feito pelo professor Reinaldo Gonçalves, da Universidade Federal do Rio de janeiro.
Na listagem, Fernando Henrique Cardoso (presidente entre 1995/2002) aparece uma posição acima de Dilma, com crescimento médio anual de 2,3%. Já Luiz Inácio Lula da silva, que ficou no Planalto entre 2003 e 2010, fica em terceiro lugar, com alta de 4% no PIB na média por ano. O primeiro lugar é de Itamar franco (5%- entre 1992 e 1994), seguido por José Sarney (4,4% – de 1985 a 1990).
Temos hoje um cenário extremamente preocupante, com a economia estagnada, caminhando cada vez pior, com inflação alta e persistente. O resultado dessa combinação é desastroso para os brasileiros, que já sofrem com perda de renda e de empregos, e compromete o futuro da Nação. O Brasil está ficando para trás, enquanto praticamente todos os demais países crescem muito mais.
O mais curioso em tudo isso é que esse resultado pesa mais sobre a população de baixa renda e quando olhamos pelo retrovisor lembramos que a presidente em campanha pela reeleição afirmava que a inflação estava sob controle e a economia seguia bem. Agora a crise atinge direitos trabalhistas, além de refletir na alta dos juros e na redução do poder de compra.
Como se não bastassem esses males, o governo detecta um rombo fiscal em bilhões de reais, previamente anunciado para 2015 e 2016, ou seja, a situação nunca esteve sob controle e não vemos como acreditar que esse quadro venha a mudar no curto ou médio prazo.
Infelizmente, o preço dessa crise é pago pela população que não se cansa de repetir o bordão acima: “Nunca antes na história desse país” vimos tanta esculhambação, desgoverno e falta de vergonha por parte dos nossos representantes.
Danizete Siqueira de Lima – Dezembro de 2015