Quase três meses depois de a presidente Dilma Rousseff anunciar uma reforma administrativa, as mudanças para enxugar a máquina pública federal praticamente não saíram do papel. Levantamento publicado na edição desta segunda-feira (28) do jornal “O Globo” revela que, dos 3 mil cargos comissionados que deveriam ser cortados, apenas 346 deixaram de existir, equivalente a 11,5% do prometido pelo governo.
A promessa do governo era economizar R$ 200 milhões com a reforma, porém, no fim das contas, a economia chegou apenas a R$ 16 milhões, de acordo com o Ministério do Planejamento.
Nas secretarias ligadas a ministérios, Dilma prometeu extinguir 31. Segundo o jornal, até agora somente sete foram cortadas.
Pelo anúncio, o Ministério da Pesca foi extinto, sendo incorporado ao Ministério da Agricutura. Os ministérios do Trabalho e da Previdência se fundiram. Assim como as secretarias com status de ministério, como Igualdade Racial, Mulheres e Direitos Humanos. Mas faltam decretos para formalizar essas mudanças.
Em outubro, o governo também anunciou uma redução de 10% nos salários da presidente da República, do vice e dos ministros, que passariam de R$ 30.943 para R$ 27.841. No entanto, até o momento, não houve o corte.
Em resposta ao jornal “O Globo”, o Ministério do Planejamento admitiu que a reforma está andando a passos lentos. A pasta não deu uma justificativa oficial para a lentidão da reforma admnistrativa, mas assessores do governo atribuem a lentidão à crise política.
Em relação aos salários, o ministério explica que o Executivo federal já enviou ao Congresso Nacional o pedido de corte nos vencimentos de Dilma, Temer e dos integrantes do primeiro escalão, mas a proposta ainda não foi apreciada pelos pelos deputados e senadores.(G1.COM)