Para o Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, faz um movimento público para antecipar sua saída do governo.
Questionado pelo Blog sobre a eventual queda de Levy, um auxiliar da presidente Dilma foi direto: “pelo que sei, foi Levy que se jogou ao se despedir”.
Foi uma referência ao fato do ministro da Fazenda ter se despedido dos integrantes do CMN (Conselho Monetário Nacional) na última reunião do ano e informar que não estará presente no próximo encontro, no fim de janeiro.
Esse auxiliar de Dilma lembrou os movimentos de Levy que já sinalizavam nesta direção.
“O segundo gesto dele fora do padrão: ou 0,7% do PIB de meta fiscal (para 2016) ou saio e agora a despedida no CMN. Fora o ‘Bolsa Família não justifica’…”, ressaltou esse interlocutor direto da presidente, numa referência à afirmação recente do titular da Fazenda de que seria um “inconveniente” reduzir a proposta de meta de superávit para 2016, que era de 0,7% do PIB (R$ 34,4 bilhões).
Na ocasião, Levy também disse ser um “equívoco” relacioná-la ao corte de R$ 10 bilhões no programa Bolsa Família no ano que vem. “Eu acho um inconveniente e um equívoco achar que essa mistura, que a meta é por causa do Bolsa Família. Obviamente não fica de pé”, disse Levy ao chegar para um evento sobre infraestrutura, em Brasília, na terça-feira.
Segundo interlocutores do Planalto, Levy, contudo, ainda precisa se reunir com Dilma para oficializar a “separação”.(Blog do Camarotti)