O governador Paulo Câmara alertou, neste domingo, em entrevista ao Canal Livre (BAND), que muitos Estados estão “sub-notificados” em relação ao vírus zika, causador do aumento dos casos de microcefalia. A entrevista foi ontem (29), a 0h15. “Pernambuco foi o primeiro Estado a identificar e a discutir publicamente o problema. É absolutamente alarmante”, afirmou Paulo.
Na entrevista aos jornalistas do Canal Livre, o governador falou ainda sobre a polêmica volta da CPMF, único “plano” do Governo Federal para ajudar a financiar a saúde pública. Entre outros temas, Paulo respondeu sobre seca, transposição, segurança pública, crise econômica, impeachment de Dilma Rousseff, sua relação com a presidente, os rumos do PSB e os últimos acontecimentos da Operação Lava Jato.
O governador de Pernambuco lembrou que o vírus zika já atingiu 18 Estados e não demorará a chegar aos demais. “Nós tivemos uma vigilância mais rápida e eficiente. É preciso atacar”, disse Paulo, que reúne, nesta segunda-feira (30.11), às 16h, em Gravatá, todos os prefeitos pernambucanos para tratar do Plano Estadual de Enfrentamento das Doenças Transmitidas pelo Aedes Aegypti (Dengue, Chikungunya e Zika)com a presença dos ministros da Saúde, Marcelo Castro, e da Integração Nacional, Gilberto Occhi.
Para o governador Paulo, ocorreu um “relaxamento” do poder público e da sociedade com o mosquito Aedes Aegypti. Na avaliação do governador de Pernambuco, com a crise econômica, iniciada ainda em 2014, os cortes nas despesas terminaram também por atingir a saúde pública e o problema se agravou.
Paulo Câmara conclamou todos a participar em um mutirão, a olhar suas casas e ajudar a combater o mal. “Nós estamos escrevendo a história de uma nova doença no Brasil”, disse, pedindo união e colaboração da população com os agentes públicos. “Nossa preocupação é o aumento desse problema a partir de janeiro (após a chegada oficial do verão)”, frisou o governador.