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OPINIÃO DO PERNINHA

perninha (1)Final do calvário tricolor

Até que enfim o tricolor do Arruda conseguiu chegar à Série A do futebol brasileiro. Foram 10 anos de muita luta e graças à perseverança, trabalho e muita dedicação o Santa volta para o lugar de onde nunca devia ter saído. No próximo sábado, os tricolores voltam ao Arruda contra o Vitória-BA, às 17.30h, onde vão reencontrar a torcida para a festa do acesso na última rodada da Série B.

O jogo do último sábado diante do Mogi Mirim, no estádio Novelli Júnior, em Itu, valia uma década inteira. Era mais do que um simples acesso. Era a oportunidade de encerrar definitivamente o calvário coral e completar o giro de 360 graus pelo futebol nacional: da Série A para a D e então de volta para a série A, após 10 anos nos porões da bola. Bastava uma vitória sobre o time paulista, a qual aconteceu. Não sem sofrimento, mas aconteceu. Daniel Costa, Bruno Moraes e Bileu foram os grandes heróis; os autores dos três tentos que decretaram a vitória por 3 a 0 e a volta ao grupo de elite.

Vejamos como aconteceram todos os acessos do Santa: 1999 – O primeiro acesso coral ao Brasileirão saiu na última rodada do quadrangular final disputado com Bahia, Vila Nova e o Goiás, time com o qual o Santa empatou em 0x0, no Serra Dourada, em 12/12, num jogo de muito toque de bola e poucas emoções. Esse placar favoreceu aos dois que subiram juntos. O Goiás terminou com 11 pontos; o Santa com 10. Bahia (7) e Vila Nova (6), foram eliminados. O técnico do acesso era Nereu Pinheiro.

2005– Mais uma vez, o Santa conquistava o acesso á elite nacional na última rodada do quadrangular final. Num Arruda lotado (60 mil pessoas), contra a Portuguesa, no dia 26/11, o tricolor fez 2 x 1, de virada, com gols do atacante Reinaldo (artilheiro da competição com 16 gols). Os tricolores chegaram a dar a volta olímpica festejando o inédito título, confiando que o Náutico seguraria o empate com o Grêmio, com 7 jogadores em campo, no tumultuado jogo que entrou para a história como a “Batalha dos Aflitos”. Mas os gremistas fizeram o que parecia impossível e ganharam por 1 x 0, somando 12 pontos e ficando com a taça. O Santa foi vice com 10 pontos; Náutico (6) e Portuguesa (5) seguiram na Série B. O treinador do santa era Givanildo Oliveira.

2011– Em seu terceiro ano no fundo do poço do futebol nacional, o Santa chegava ás quartas de final precisando superar o Treze-PB para se garantir na Série C. No jogo da volta com um público de 59.966 torcedores, no Arruda, em 16/10, o placar de 0x0 era tudo que o Santa precisava, após um valioso 3×3 obtido pelos corais em Campina Grande. Já promovido, o Santa superou o Cuiabá nas semifinais, mas perdeu a decisão para o Tupi-MG, ficando como vice. O comandante era Zé Teodoro.

2013– No segundo ano na terceirona, saiu o acesso Novamente num Arruda cheio, com 57.273 torcedores, em 3/11, o Santa jogava pelo empate com o Betim-MG, após ter vencido a ida das quartas de final, por 1×0, em Minas. O tricolor ganhou de novo, dessa vez por 2×1, com gols de André Dias e Flávio Caça-Rato, que desempatou aos 42 minutos do 2º tempo para delírio da torcida garantindo a vaga na segundona. Nas semifinais, o Santa venceu o Luverdense duas vezes e conquistou o seu primeiro e único título nacional ao empatar com o Sampaio Corrêa, no Maranhão (0x0) e fazer 2×1 no Arruda. O técnico era Vica.

Finalizamos com os nossos sinceros parabéns pelo acesso mais que merecido. Afinal, os números mostrados nos três últimos acessos, quando o Santa jogou em casa e precisou do 12º jogador em campo, são de encher os olhos de qualquer um amante do futebol. Levar 60.000 torcedores a campo não é para qualquer clube e o Santa faz isso sempre que preciso. Por essas e outras parabéns ao clube, aos seus torcedores e a toda família pernambucana.

Danizete Siqueira de lima – Novembro de 2015.


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