Vai Chudu, Deus te aguarda em alvos seios!
Deixa o mundo terráqueo, sem amores,
Lá no espaço terás regatos cheios,
De cristais aurorais, furtando cores.
Viverás sem os falsos devaneios,
Que nublaram teus olhos sonhadores,
Acharás no luar dóceis enleios,
Num altar divinal, bordado em flores.
Flores virgens, com ceiva e vida nova,
E não iguais as que pus na tua cova,
Arrancadas por mim entre os abrolhos.
Como tu, foram mortas, mas estão,
Em silêncio, cobrindo teu caixão,
Salpicadas com prantos dos meus olhos.
Diniz Vitorino.