Novembro é o mês de aniversário de 70 anos do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), referência na área de saúde estadual, por oferecer essenciais serviços em prol da vida. Para celebrar o marco, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizará sessão solene nesta segunda (23), no Palácio Joaquim Nabuco, a partir das 18h. A instituição completa sete décadas de existência com uma média de 1.200 procedimentos diários, entre cirurgias, consultas médicas, atendimentos multiprofissionais e sessões de quimioterapia e radioterapia. O hospital é responsável pelo atendimento de aproximadamente 55% dos pacientes oncológicos do estado.
Consciente dos bons serviços ali prestados, a deputada Simone Santana (foto), autora da proposição, destaca a importância do trabalho dos voluntários da instituição para o papel social que a entidade exerce. “O HCP foi criado pela sociedade civil, que formou um grande corpo de voluntários protagonizado por mulheres e determinado a construir uma unidade de saúde para atender os pacientes com câncer no estado. Até hoje os voluntários do hospital têm papel fundamental na promoção dos cuidados com os pacientes e no funcionamento da instituição”, comenta a parlamentar.
Na primeira década dos anos 2000, a capacidade de articulação dos voluntários mostrou-se, mais uma vez, decisiva. O hospital passava por grave crise financeira, que resultou em dívida de R$ 54 milhões com fornecedores e colaboradores, e colocou em grave risco o atendimento à população. Após quatro meses de salários atrasados, funcionários e voluntários da Rede Feminina de Combate ao Câncer organizaram caminhada em direção ao Palácio do Campo das Princesas para solicitar apoio político e financeiro ao então governador Eduardo Campos, que iniciava seu primeiro mandato.
Em resposta ao pleito, o Estado decretou intervenção, que regularizou o pagamento dos colaboradores, iniciou a recuperação das enfermarias, adquiriu equipamentos e autorizou a retomada da construção do prédio anexo, que estava com as obras paradas há 17 anos. Após sete anos de intervenção, gerenciada inicialmente por Francisco Saboya e depois pelo médico Iran Costa, o HCP foi completamente recuperado e alcançou uma gestão sustentável do ponto de vista financeiro.
Atualmente, o hospital funciona com gestão própria, liderada pelo médico Hélio Fonseca, e permanece regido pela missão que impulsionou a criação da unidade de saúde, em 1945: “acolher e cuidar de pessoas com câncer, oferecendo tratamento humanizado, integral e de excelência em saúde”.