Nos cabelos de sol de uma menina,
Jurou ele aquecer-se a vida inteira,
Ela ainda inocente e pequenina,
Palma nascente da caudal abeira.
Mais tarde ela cresceu ágil e franzina,
Desiludida da feição primeira,
O seu amor a nenhum homem se inclina,
Ele casou-se, ela ficou solteira.
Quando um sobrinho pequerrucho e lindo,
Lhe perguntava entre chorando e rindo,
Conte uma história tia, conte aquela.
Ela repete qual se um conto fora,
Era uma vez uma criança loira,
E ninguém sabe se essa história é dela.
(Autor desconhecido)