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WALDEMAR BORGES DIZ QUE OPOSIÇÃO ESTÁ DESCOLADA DA REALIDADE

walllO líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges, chamou a atenção, na Reunião Plenária de ontem (03.09), para o descolamento da oposição em relação à realidade do país, quando cita as dificuldades de Pernambuco como se o estado estivesse imune à crise econômica que todo o Brasil amarga. “A oposição está perdendo o contato com a realidade. Parece que, como Dilma, ainda não entendeu a magnitude da crise”, pontuou.

O deputado argumentou que não se pode isolar o quadro estadual da situação de crise na economia nacional. Ele citou manchetes do dia de hoje dos grandes jornais do país, que destacam a queda na produção industrial nacional, na venda de carros, nos cortes na saúde e agora no setor de alimentação. Referiu-se, ainda lendo manchetes do dia, à possibilidade de aumento de impostos, a redução de programas federais como o Ciência sem Fronteiras e a alta do dólar. “A realidade é dura e tem atacado os estados brasileiros a partir do desmantelo da economia nacional. Pernambuco não está isento, mas ainda assim tem conseguido fazer o aperto sem causar consequências tão trágicas como vem ocorrendo em outros estados, nos setores estratégicos”, disse, apontando a necessidade de se rever o pacto federativo para garantir maior autonomia aos entes federados.

Como exemplo, Borges afirmou que quase todas as UPAEs estão contando apenas com o Governo Estadual para sua manutenção. Ele ainda perguntou à oposição como dissociar as causas e as consequências quando a Petrobras, por exemplo, decide que não vai investir os R$ 4,8 bilhões que estavam previstos na conclusão da Refinaria em Pernambuco. “Só nos primeiros seis meses do ano, o estado amargou 80 mil desempregos e isso é muito grave. Isso não tem causa? Vem do além? perguntou. “Na hora que se separa o assunto, eu acho que não se quer discutir ele, acho que o que se quer é fazer luta política na sua versão mais rasteira e não resolver essas questões, além, claro, de buscar se isentar da responsabilidade que o Governo Federal tem sobre o que vem ocorrendo no Brasil”, afirmou.

O líder do Governo fez, ainda, a defesa do secretário Alessandro Carvalho (Defesa Social), que foi criticado pela oposição. “Precisamos enfrentar o problema na perspectiva de ajudar na sua superação e não para fazer apenas uma manchete de jornal. O secretário Alessandro Carvalho tem, assim como todos os outros secretários, dado uma demonstração de estrema competência e capacidade ao fazer o barco atravessar um mar em tempestade e com o vento contra. Não é fácil e não tem mágica. Também não podemos dissociar as questões do Brasil das de Pernambuco. Essa tática da oposição de tentar fazer da vítima o réu não resolve nada. Essa crise não foi gerada em nenhum estado brasileiro, mas sim pelos descaminhos da políticas macro econômicas e agravada pelas medidas eleitoreiras da campanha de Dilma”, concluiu.


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