A alta do dólar beneficia exportação de commodities brasileiras. Essa foi a reflexão do deputado federal Jorge Côrte Real (PTB-PE), ao comentar a valorização da moeda norte-americana, que, pela primeira vez na história fechou acima de R$ 4, na terça-feira (22). O petebista afirmou que, se por um lado há prejuízos para os produtos nacionais elaborados com componentes vindos do exterior, por outro, há valorização das commodities brasileiras vendidas para outros países. Ontem, o dólar teve alta de 1,83%, vendido a R$ 4,0538, e no ano o acúmulo chega a 52,47%.
“A grande maioria das exportações brasileiras é de commodities, e elas estão baixas no mercado como um todo. Então, o dólar a R$ 4 melhora não só a condição de se colocar os nossos produtos no mercado exterior, como aumenta também a rentabilidade. Nesse ponto, a alta do dólar é positiva, assim como para nossos produtos manufaturados, que ganham competitividade no exterior”, avaliou Jorge Côrte Real.
Commodities são bens que não sofrem processos de alteração antes de serem vendidos, como frutas, legumes, cereais e alguns metais. O Brasil é um grande produtor de commodities, entre elas, soja, café, laranjas, petróleo, alumínio e minério de ferro.
IMPORTAÇÕES
O deputado Jorge Côrte Real também citou o lado positivo da alta do dólar em relação às importações. Segundo ele, a elevação do preço da moeda norte-americana acaba por barrar os produtos vindos do exterior que competem com os produtos nacionais similares no mercado interno. “Por outro lado, prejudica muito a compra de insumos que vêm de outros países para serem usados na indústria nacional. Isso porque os produtos brasileiros ficam mais caros e perdem a competitividade no mercado interno”, ponderou.
O petebista ainda ressaltou que, para aumentar a competitividade dos produtos nacionais, é necessário que o País invista mais na infraestrutura de exportação, com a melhoria de portos, aeroportos, e outros meios de transporte. “Isso iria potencializar mais a competitividade de nossos produtos em termos de preço”, concluiu o deputado Jorge Côrte Real.