Com o objetivo de agregar conhecimento técnico sobre a produção e comercialização de eucalipto, e transmiti-los aos produtores da planta no Estado, o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) participou do 3º Congresso Brasileiro de Eucalipto. O encontro, realizado de 2 a 4 de setembro, em Vitória, no Espírito Santo, reuniu profissionais e empresários que desenvolvem atividades ligadas a cadeia produtiva de todo país.
Durante os três dias de evento, o pesquisador Eric Xavier representou o IPA. Para Erick, conhecer diferentes sistemas de produção e comercialização foi um dos destaques do Congresso. Ele citou, como exemplo, as metodologias usadas em estados como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, que são responsáveis por 30% da área plantada de eucalipto no Brasil.
“Nossa intenção é impulsionar o crescimento da produção no estado. Para isso, estamos investindo em conhecimento técnico–cientifico. E todo o aprendizado será disseminado com os agricultores”, destacou Eric Xavier.
Estudos – O IPA desenvolve pesquisas com o eucalipto há cerca de quinze anos, nas regiões dos sertões do Araripe e do São Francisco, e na Zona da Mata pernambucana. O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do Instituto, Antônio Raimundo, avalia que a atividade é promissora, devido a dois aspectos primordiais, ser mais uma opção de reflorestamento, e uma fonte geradora de emprego e renda. “Primeiro estamos avaliando o cenário atual da produção no Estado, para em seguida projetarmos as ações de fortalecimento da cadeia do eucalipto”, pontuou o diretor.
Atualmente, o Brasil é líder mundial na cultura do eucalipto, além de ser o maior exportador de celulose desse gênero. O país também possui as maiores produtividades, com um valor médio de 35 m3 por hectare/ano. Valor considerado alto se comparado a produção de lenha em áreas da caatinga, que chega a obter de 6 a 7 m³ por hectare/ano, em planos de manejo licenciados pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).