As homenagens ao ex-governador Eduardo Campos (PSB) continuam com discursos no evento realizado pelo PSB, na Arcádia do Paço Alfândega, no Bairro do Recife. A lista dos convidados é grande e inclui correligionários, amigos e lideranças de outros partidos.
O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), afirmou, em discurso, que o Brasil precisa passar por uma grande “consertação”. Na sua avaliação, é preciso que os diferentes disputem em momento adequado, nas eleições, e que é preciso compreender a dificuldade para ultrapassá-la.
O gestor fez um apelo às lideranças presentes e disse que o partido não tinha dinheiro no início da campanha para presidente e estava “enforcado” no início, mas que a legenda, hoje, teria em Eduardo Campos uma liderança importantíssima nacional. Para ele, o PSB precisa de maturidade para ultrapassar esse momento de dificuldade.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), por sua vez, disse para a ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) Ana Arraes, mãe de Eduardo Campos, que perder um filho é uma dor sem fim – o tucano também perdeu um filho em acidente aéreo em abril deste ano.
Segundo Alckmin, Eduardo Campos era um líder porque conquistava; era um homem leve, estudioso e disciplinado. Disse, ainda, que o socialista tinha compromisso com os mais pobres herdado por Miguel Arraes, seu avô, e que o ex-governador era sempre entusiasmado com as causas do Brasil.
Já o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), afirmou que Eduardo Campos fazia política com compromisso e que tinha no ex-governador um grande líder e amigo. “Era uma pessoa que, como líder, animava a todos. Colocava todos para frente. A falta que Eduardo faz para a política é impressionante, mas é preciso ter ele como referência para o diálogo, como inspiração”, defendeu.
O ministro da Defesa, Jacques Wagner (PT), disse que foi governador com Eduardo Campos. Para ele, política é atividade nobre quando não é feita com interesses mesquinhos e que Eduardo teve passagem que deixa marcas que a história vai continuar contando.
“Eduardo trabalhou por um ideal, da igualdade social do desenvolvimento”, discursou. “Eduardo foi um construtor de pontes, queria juntar, não separar. Maiores são os políticos como Eduardo que sabia ouvir e construir pontes”, declarou.
Segundo o petista, Campos, assim como seu avô, Miguel Arraes, foi um político com ideais. “Enfrentou derrotas, mas nunca desistiu, porque quem trabalha com ideal não desiste nunca. Não vamos desistir”, afirmou. ( Carol Brito e Tauan Saturnino, da Folha de Pernambuco)