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ESPAÇO DA POESIA

 

dioNos desertos fatais do mundo ingrato,
Vejo todos meus anos consumidos,
Mergulhado em profundo anonimato,
Vou cumprindo a missão dos excluídos.
Mas não importa que exponham o meu retrato,
No salão dos que são desconhecidos,
Pois os gênios só são deuses de fato,
Quando são a cadáver reduzidos.
Se a glória só vem depois da morte,
No declínio de tudo eu serei forte,
Pra fugir dos que nunca me abraçaram.
Morrerei sem dizem uma pronúncia,
O silêncio será minha renúncia,
Aos troféus que na vida me negaram.
Diniz Vitorino.

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