O Proselitismo do Congresso Nacional
É impressionante o proselitismo do Congresso Nacional. Diariamente, temos identificado ações do parlamento que têm envergonhado o nosso País. São atitudes nada éticas de deputados e senadores que não medem esforços para atingir objetivos pessoais. Tudo isso sem contar os posicionamentos autoritários dos presidentes da Câmara e do Senado, que colocam em risco a democracia do Brasil.
Em um sistema democrático, quem representa a estabilidade política do País é o parlamento. Porém, no Brasil, os dois presidentes do Congresso Nacional, além de viverem medindo forças com a presidenta Dilma, estão sob suspeita de envolvimento com questões relacionadas à corrupção, segundo a Operação Lava Jato. Eles também pouco se importam com a voz de uma sociedade que tem buscado contribuir e participar de algo fundamental para a vida da Nação: a Reforma Politica. Para esses presidentes, a soberania é do Congresso e não do povo, e por isso não aceitam mudanças na legislação com a participação da sociedade.
O parlamento é um importante instrumento do povo, que precisa e dever ser mais acessível ao povo. O sistema político brasileiro não oferece condições de igualdade de ocupação desse espaço. Muitas das campanhas são milionárias, pois são financiadas por empresas que têm como finalidade obter vantagens econômicas. Elas retiram a possibilidade de um cidadão comum ser vitorioso em uma eleição. Segundo o jornal Estado de São Paulo, nas eleições de 2012, 95,1% de todos os recursos usados nas campanhas foram doados por empresas.
Um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) mostra um aumento do número de parlamentares ligados a segmentos mais conservadores na nova composição do Congresso Nacional. Na avaliação do analista politico do Diap, Antônio Augusto de Queiroz, este é “o Congresso mais conservador desde a redemocratização”.
Por tudo isso é necessário uma ação cada vez mais politizada da nossa gente. Precisamos estar conscientes de que não adianta eleger um/a presidente/a da República do meio popular se elegermos deputados e senadores conservadores. Estamos identificando uma posição clara desse Congresso em ignorar qualquer proposta que venha da classe trabalhadora. O Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva Soberana do Sistema Politico é um exemplo disso. Ele está sendo totalmente ignorado pelos congressistas que, ao contrário do que pede o povo, estão mais preocupados em assegurar recursos privados para poderem continuar no poder, evitando que os trabalhadores e trabalhadoras aumentem sua participação nesses espaços.
Essa não pode ser uma luta de poucos, precisa ser uma luta de todos. Não podemos ficar apenas assistindo aos desmandos desse Congresso. Por isso é importante que todos os homem e mulheres que não aceitam e não se sentem representados por esses políticos possam protestar de forma pacífica, mas firme, contra todos aqueles que mentem e se colocam contrários à participação popular.
Por Doriel Barros – Presidente da Fetape