O resultado da eleição da UVP não foi vista como uma derrota do PSB, avalia o vice-presidente do partido, o deputado federal Tadeu Alencar. Para ele, foi uma experiência para se tirar lições. “Deve se refletir sobre a necessidade de futuros embates. O PSB tem um patrimônio fantástico que Eduardo construiu. Temos que ter clareza de cuidar disso. É sempre bom tirar lições”, analisou.
Tadeu admitiu que há divisões dentro do partido, inclusive em Timbaúba, cidade de Josinaldo Barbosa. Para o parlamentar, a vitória do petebista não representa necessariamente uma derrota, já que Josinaldo foi dissidente do seu partido e apoiou a candidatura de Paulo Câmara no ano passado. “Não se trata de um adversário. O candidato vencedor não ter sido um oposicionista. Isso sensibilizou algumas pessoas”, relatou.
Outro fator apontado por Tadeu foram os interesses internos da entidade. “A eleição da UVP é uma característica da classe, não é o reflexo da sociedade, é uma disputa entre os pares”, avaliou. Tadeu apontou, ainda, o espírito de desejo de mudança que se instalou no País. “Biu era o presidente há três mandatos e tentava o quarto. A renovação é natural a sucessão de mandatos acaba gerando uma fadiga”, afirmou.
Ainda na opinião do vice-presidente do PSB, Biu Farias continua forte dentro do partido. “Foi uma vitória apertada, o que mostra que Biu era competitivo. Biu é um velho militante, tem relação com o partido, não era um militante qualquer”, afirmou Tadeu Alencar.
O presidente estadual do PTB, José Chaves, reforçou a informação de que Josinaldo Barbosa foi eleito sem forte apoio da legenda. “Foi uma vitória expressiva para o PTB, mas foi um grande mérito dele. Foi um esforço de sua capacidade de articulação, não houve apoio nosso”, afirmou.
Para o petebista, não é surpresa que haja desavenças internas no PSB e que o partido possa ter apoiado um candidato da legenda oposicionista. “Não conheço a parte interna do PSB, mas a gente vê que existem divergências. Isso é natural”, completou. (Mariana Araújo-JC)