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DEPUTADO GOVERNISTA É PUNIDO POR NÃO VOTAR COM O GOVERNO

378f92e95996606c1d2c757614b4b659Está na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, desde a última quinta-feira (23), ofício do líder do governo, Waldemar Borges (PSB), comunicando a substituição do deputado estadual Professor Lupércio-foto (Solidariedade) – integrante da base de apoio do governo Paulo Câmara (PSB) – da Comissão de Educação e Cultura da Casa, na qual exercia a vice-presidência. A exclusão se deu por não ter obedecido à orientação do governo na votação sobre o reajuste dos professores.

O ato é uma punição. Há um mês, Lupércio não compareceu à reunião da Comissão para votar o projeto do governo nº 79/2015, que reajustou em 13,01% o piso salarial dos professores, contemplando 4.060 docentes com formação em magistério, mas deixando de fora 45 mil com curso superior.

A proposta foi aprovada dia 31 de março, em plenário, por 27 votos a 11, com oito ausências, sendo seis governistas. Aliado do governo, o deputado Everaldo Cabral (PP) votou contra, mas não sofreu punição até o momento.

A substituição do deputado – a vaga passa a ser ocupada por Tony Gel (PMDB) – gerou confronto, nesta segunda-feira (27), na Alepe, com o oposicionista Edilson Silva (PSOL) acusando o líder do governo de “sequer comunicar a medida” aos demais membros da Comissão de Educação e ao próprio Professor Lupércio.

Waldemar reagiu afirmando que Edilson “faltava com a verdade”, enquanto o deputado destituído revelou “não ter havido diálogo” e que soube por rápido telefonema e um comunicado de corredor.

“Eu disse a Lupércio que não podia acatar que a representação do governo não estivesse presente na votação da Comissão, e que ia substituí-lo. Não pode um membro da base (governista) não ir, mesmo estando na Casa. Não pode dizer ‘não vou’. É direito dele não ir e é dever meu garantir a ida da representação do governo”, justificou Waldemar Borges.

Assegurando que permanece na base do governo, o Professor Lupércio revelou que não foi à Comissão “porque não se sentia à vontade de votar contra a categoria (no caso do projeto do piso dos professores)”, e que não era “um subserviente”.

“Acredito que meu afastamento partiu do líder, não é coisa do governo. Fiz um pedido à Mesa (diretora) para que esclareça a substituição”, adiantou Professore, que pertence à rede estadual de ensino. (Ayrton Maciel-JC)


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