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ESPAÇO DA POESIA

 

dioVou caprichar ao seu lado,
Pra não cometer fiasco,
Lento feito um boi de carro,
Atravessando o penhasco,
Jogando suor por cima,
Da cor cinzenta do casco.

No ano que a chuva vem,
Tem fartura e produção,
A lâmina dágua do rio,
Parece mais um facão,
Sajando um caroço cego,
Que a seca estourou no chão.

Vou tentar viver a vida,
Antes que chegue o meu fim,
Não sou grande e nem pequeno,
Não sou bom nem sou ruim,
Apenas sou a imagem,
Do que enxergam de mim.

Diomedes Mariano.


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