Vou caprichar ao seu lado,
Pra não cometer fiasco,
Lento feito um boi de carro,
Atravessando o penhasco,
Jogando suor por cima,
Da cor cinzenta do casco.
No ano que a chuva vem,
Tem fartura e produção,
A lâmina dágua do rio,
Parece mais um facão,
Sajando um caroço cego,
Que a seca estourou no chão.
Vou tentar viver a vida,
Antes que chegue o meu fim,
Não sou grande e nem pequeno,
Não sou bom nem sou ruim,
Apenas sou a imagem,
Do que enxergam de mim.
Diomedes Mariano.