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ÁGUA DE SUAPE VAI RECUPERAR TRECHO DO RIACHO ALGODOAIS NO CABO

CABORecuperar o Riacho Algodoais no trecho que corta o Complexo Industrial Portuário de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, é o objetivo do programa Águas de Suape, instalado pelo governador Paulo Câmara nesta terça-feira (24). A iniciativa também promoverá um trabalho de educação ambiental com 15 famílias residentes no entorno do curso d’água que passa pelas zonas industrial e de preservação ecológica de Suape. O ato de assinatura do decreto foi realizado no Palácio do Campo das Princesas e contou com uma apresentação da Orquestra Criança Cidadã Meninos de Ipojuca.

O programa integra o plano de ação de meio ambiente e sustentabilidade do Complexo para 2015, que receberá R$ 20 milhões em investimentos – a previsão para o Águas de Suape é de R$ 8 milhões. Por meio do planejamento, Suape vai restaurar a mata atlântica, recuperar o mangue e realizar um estudo da fauna marinha e de inclusão socioprodutiva para famílias do seu entorno.

“Esse programa representa uma política pública inovadora de melhoria do meio ambiente. Tive o cuidado de levar à minha equipe a determinação de, em todas as nossas ações de governo, trabalharmos o conceito da sustentabilidade. Iniciamos uma nova etapa com o Águas de Suape, que foi criado a partir de experiências que vêm dando certo no mundo”, destacou Paulo Câmara, ressaltando a criação da Secretaria estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade no governo Eduardo Campos.

CABO1A técnica sem componentes químicos a ser utilizada para a recuperação do riacho consiste na implantação de um jardim utilizando plantas que se alimentam de impurezas – existem 38 espécies disponíveis no Brasil. As plantas deixarão a água limpa em apenas seis horas. Essa fase do programa se chamará Jardim Algodoais. O cultivo começa no próximo semestre. Antes disso, a administração de Suape realizará algumas obras necessárias.

A previsão é que a flora e a fauna sejam recuperadas dentro de 12 meses após a instalação do jardim. O uso de plantas restauradoras da vida aquática é mais eficaz do que os métodos convencionais porque remove mais de 90% dos poluentes e evita assoreamento; o que as técnicas tradicionais não realizam, por se concentrarem apenas na filtragem da água.

O Riacho Algodoais será limpo por uma equipe multidisciplinar, que envolverá arquitetos, biólogos, engenheiros ambientais e sanitaristas – pois o maior agente contaminante de doenças é a água -, além de operários da construção civil e jardineiros.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e presidente de Suape, Thiago Norões, salientou a importância do Complexo para o crescimento do Estado. De acordo com Norões, o Governo de Pernambuco vem investindo em medidas para minimizar os impactos ambientais na região. “Hoje, 59% dos 13,5 mil hectares do território de Suape são destinados à preservação ambiental. E essas ações serão ampliadas”, garantiu, referindo-se à criação da Diretoria de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

 


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