O processo de eleição da Mesa Diretora da Alepe caminha para o fim, deixando feridas no partido do governador Paulo Câmara. Se na Casa, há previsão de bate-chapa, nas hostes socialistas, a corrida rendeu atritos entre seus diferentes grupos. Os desentendimentos remetem à rebelião interna que marcou a escolha do candidato à sucessão de Eduardo Campos. A grita, naquele momento, levou o ex-governador a recuar do plano de abençoar Tadeu Alencar. Ontem, socialistas insatisfeitos com o cenário atual já falavam em “arrependimento” por não terem apoiado Tadeu. O incômodo latente tem a ver com a forma como o processo, referente à Mesa Diretora, foi conduzido no PSB. Sem estratégia clara desde o início, alguns socialistas avançaram em planos independentes, sem serem advertidos, mas acabaram podados, nos 45 do segundo tempo. O resultado foi a ressurreição do velho embate entre “cristãos-novos” e “arraesistas históricos”, que costuma dividir a sigla e deixar sequelas.
Por: Renata Bezerra – Folha PE