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ARMANDO QUER SINAIS POSITIVOS PARA ENCORAJAR INVESTIMENTOS

ARMANDODiante do kit de más notícias para o setor produtivo, com aumento de impostos, juros mais altos, preços públicos caros e riscos no abastecimento de energia elétrica, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB) propõe uma estratégia para evitar uma paralisia nos investimentos. “É comunicar bem as medidas duras e, ao mesmo tempo, gerar iniciativas e dar alguns sinais para encorajar a retomada dos investimentos”, disse o petebista.

Um exemplo é o Plano Nacional de Exportação, ainda em elaboração além de medidas de desburocratização tributária, mesmo que não representem a redução da carga de imediato e a retomada dos investimentos. Monteiro, que teria nesta quarta-feira (21) audiência com a presidente Dilma Rousseff (PT), considera importante retomar as parcerias com o setor privado, agora coordenadas pelo Ministério do Planejamento. “Estamos em meio a um conjunto de medidas impactantes: aumento de impostos, aumento de preços, tarifas”, diz. “Tudo isso terá efeito, não há dúvida nenhuma.” Mas, em discurso alinhado com Fazenda e Planejamento, avalia ser importante mostrar que haverá melhorias no médio prazo, com o reequilíbrio macroeconômico.

Esse conjunto de más notícias já era esperado pelo setor produtivo desde o ano passado, diz o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. “Já tínhamos a noção de que esse seria um ano difícil”, afirma. Para ele, a alta dos juros “piora muito” as condições de competitividade dos produtos brasileiros. “É o pior dos mundos”, afirma. O apagão de segunda-feira, ainda não é visto com alarme por Andrade. “Pode até ser uma oportunidade, porque o Brasil não fez os investimentos em energia elétrica que necessitava”, diz. “É hora de recuperar o tempo perdido.”

Na visão de Andrade, o quadro só não é de todo desolador por causa da apreciação do dólar ante o real. Após o País amargar um déficit comercial em 2014, as exportações se colocam como uma alternativa para a indústria neste ano. Essa visão é partilhada pelo governo.(Fonte: Estadão Conteúdo)


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